quinta-feira, 8 de abril de 2010
Soube então porque escrevia peças para crianças
A primeira vez que fui à Reunião tinham-me pedido para fazer parte do júri de um Festival escolar. A segunda, convidaram-me para animar um estágio sobre As aventuras de Aureen, o pequeno serial killer, a minha primeira peça para a infância. Tinha o meu chapéu de escritor, o de professor e um terceiro para o sol. Na terceira vez…o estágio foi mesmo à frente, na ilha Maurícia. Que seja claro: estava na ilha Maurícia para trabalhar, não eram férias, mesmo se aproveitei para tirar uns dias de férias. Na altura, disse para mim: não é desagradável, ser escritor, dá trabalho mas é-se recompensado. Foi na ilha Maurícia que me veio a ideia da minha peça sobre o dôdo. Foi necessário voltar mais uma vez propositadamente. Que fosse até à ilha de Rodrigues. Que apanhasse o avião e o barco e que fizesse umas fotos. Nessa altura, na longínqua Europa, Elias preparava-se para nascer. Elias é o meu filho. A primeira criança de alguém que até então, demasiado ocupado a escrever peças para crianças (e também para os grandes), se tinha esquecido de as fazer (crianças). Enquanto viajava, ele aumentava no ventre da sua mamã e enviava-me SMS em que me contava a sua vida de bebe ainda não nascido. Soube então porque escrevia peças para crianças.
Joseph Danan
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