E a aventura não se queda pelo que é exterior, é uma aventura interior, uma viagem também feita para dentro, um momento de apreensão reveladora do mundo que pode ser vista como crescimento intelectual e sensível, como aprofundar da consciência de si e do mundo, como a descoberta da realidade como aquilo que é, natureza e ficção, negócio e liberdade vigiada, luta e conformismo instalado. Assim, em quadros da peça, saltando do puramente lúdico para as experiências da vida real, da publicidade omnipresente para o sonho imprevisto, da realidade com a sua bruteza para o medo do desconhecido, o rapaz faz de facto uma experiência de transformação e crescimento. Trata-se neste sentido de uma aventura intelectual e de uma possibilidade de viver um momento de flagrante emoção na descoberta de si pela libertação do medo. A peça é na realidade uma travessia do medo espicaçada pela curiosidade a caminho de uma desejada autonomia pessoal que só a experiência subjectivada e personalizada pode permitir, como é aqui o caso.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Para além da fábula
Para além da fábula, a peça de Joseph Danan, num registo dramático que estrutura quadros numa montagem hábil recorre além do teatro, ao cinema e às marionetas. Trata-se de uma verdadeira criação interdisciplinar que convoca os públicos infantes a que se destina, entre os 6 e os 12/13, para uma vivência compósita, em tudo distante da passividade que a televisão pede, já que o modo de montagem das cenas que conta a aventura do rapaz protagonista, numa dinâmica inteligente, promove simultaneamente uma viagem ao interior dos próprios mecanismos da ficção. O nosso jovem espectador, podendo identificar-se com o herói da peça, um rapaz que aliás tem um nome que é impronunciável, o que no fundo suscita a identificação, um desejo de nomear, viaja pelos modos diversamente artesanais e tecnológicos desta escrita, numa verdadeira descida – ou subida - aos sortilégios da ficção.
E a aventura não se queda pelo que é exterior, é uma aventura interior, uma viagem também feita para dentro, um momento de apreensão reveladora do mundo que pode ser vista como crescimento intelectual e sensível, como aprofundar da consciência de si e do mundo, como a descoberta da realidade como aquilo que é, natureza e ficção, negócio e liberdade vigiada, luta e conformismo instalado. Assim, em quadros da peça, saltando do puramente lúdico para as experiências da vida real, da publicidade omnipresente para o sonho imprevisto, da realidade com a sua bruteza para o medo do desconhecido, o rapaz faz de facto uma experiência de transformação e crescimento. Trata-se neste sentido de uma aventura intelectual e de uma possibilidade de viver um momento de flagrante emoção na descoberta de si pela libertação do medo. A peça é na realidade uma travessia do medo espicaçada pela curiosidade a caminho de uma desejada autonomia pessoal que só a experiência subjectivada e personalizada pode permitir, como é aqui o caso.
E a aventura não se queda pelo que é exterior, é uma aventura interior, uma viagem também feita para dentro, um momento de apreensão reveladora do mundo que pode ser vista como crescimento intelectual e sensível, como aprofundar da consciência de si e do mundo, como a descoberta da realidade como aquilo que é, natureza e ficção, negócio e liberdade vigiada, luta e conformismo instalado. Assim, em quadros da peça, saltando do puramente lúdico para as experiências da vida real, da publicidade omnipresente para o sonho imprevisto, da realidade com a sua bruteza para o medo do desconhecido, o rapaz faz de facto uma experiência de transformação e crescimento. Trata-se neste sentido de uma aventura intelectual e de uma possibilidade de viver um momento de flagrante emoção na descoberta de si pela libertação do medo. A peça é na realidade uma travessia do medo espicaçada pela curiosidade a caminho de uma desejada autonomia pessoal que só a experiência subjectivada e personalizada pode permitir, como é aqui o caso.
Fernando Mora Ramos
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