Um rapaz muito novo descobre que o lápis que o tio Maurício lhe ofereceu tem uma cabeça de pássaro na ponta. Chama-se Dodô e dizem que desapareceu da terra. Fica intrigado e não resistindo à curiosidade voa para a ilha de Reunião de onde dizem ser nativo o Dodô. E procura-o depois de enfrentar as nuvens e um ciclone durante o trajecto aéreo. Em terra tudo se chama Dodô e fica finalmente a saber que o Dodô se extinguiu morto à paulada e comido pelos navegadores holandeses que exploraram a ilha. Mas ele não desiste, acha que poderá ainda haver nem que seja um, num sítio desconhecido de todos. E continua a pesquisa até que finalmente vê uma réplica no Museu de História Natural: um pássaro desengonçado no andar imaginável e ridículo, um pássaro que não voava, uma espécie de pato doméstico com uma touca de banho de senhora enfiada na cabeça. Entretanto, no arquipélago, entre noites misteriosas em que não distingue o sonho da realidade, - chega mesmo a dormir num jardim com duas meninas fantasma e a ver uma cena de tortura em que a patroa do Hotel, a tenebrosa Madame Tang, chicoteia um criado – resolve conhecer outras ilhas e vai até à Ilha de Rodrigues onde, no meio de um furacão, perdendo-se na natureza, acaba por dar com um estranho pássaro parecido com o Dodô, o Solitário de Rodrigues. E chega à fala com ele ficando a saber que tem uma história semelhante à do Dodô e que ele é mesmo o último dos Solitários.
Mais tarde o rapaz tornado grande torna-se um defensor do mundo natural e um conhecido ornitologista. Chega a ser premiado pelos seus esforços de conservação das espécies dessa zona da África Austral e fica a viver em Madagáscar, uma ilha próxima das Maurícias e da Reunião.
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